quinta-feira, 7 de julho de 2011

Minutos ao Fim

para ler este post, sugiro que o faça enquanto durante a audição da música que está no link abaixo. obrigado pela compreensão.

http://tramavirtual.uol.com.br/musica/tocar/201186/



A coisa toda acontece meio calminha. Sereno, tranqüilo, tá calmo... Desafina um pouco. Pensa num negócio aqui. Outro ali... Na verdade não tá lá tão calminho  assim. Começa a pensar. Vai pensando... Tem uma seqüência de pensamentos recorrentes. A calma vai se agravando. Dá pra perceber que não é bem tão calma assim essa calma. A coisa muda um pouco de tom. Muda, fica meio diferente, tá acontecendo alguma coisa... Se agita levemente. Volta pras idéias que nunca saíram. Se agita, se agita, se agita mais e mais. Vai forte. Fica forte. Mais forte. Vai crescendo. Cresce mais. Aquela calma vira angústia. Daí entra a batedeira.  E daí a calma vai pro brejo. O ritmo continua. Mais forte, mais forte, mais forte. O pensamento continua aquele lá. Isso tudo no quarto, de frente pro abismo. Vem vento. Vem vertigem. Um zunido,  Aqueles pensamentos. A bateria. O vento novamente zunindo de um ouvido para o outro. Da angústia cresce com o sopro. Distorce. O prato bate, vem raiva, o prato bate, vem raiva. E aquele pensando ainda ai, muda o tom, mas o pensamento é o mesmo, não tem voz. Entra voz. Entra aquela voz pedindo ajuda. Não tem ajuda, não tem, não tem ajuda. Não tem palavra. Tem voz. Tem voz tem voz, fica frenético. Bate o pé, fica frenético. Fecha o olho. Fica frenético, Olha, fica frenético, fecha o olho, olha. Respira. fica frenético, fica frenético Falta ar. 

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