sábado, 29 de outubro de 2011

hipocrisecrisia - não gosto de gente hipócrita

acredito que uma das essências do ser-humano enquanto ser social seja a mentira.
e não estou falando dessas grandes mentiras religiosas cheias de farsas dialéticas e que servem como instrumentos de controle social numa relação vertical, de dominação.
estou falando do cotitiano, da rotina, das hipocrisias do dia-a-dia, desse mal menor a qual somos empossados e empossamos a fim de pertencer ao convívio (não a um convívio, mas ao convívio)

- mas olha que interessante. dentre outras coisas, ''hipocrisia'' significa ''devoção religiosa'', porém  não estou aqui para alfinetar a religião, apesar de ser inevitavel.

talvez a hipocrisia seja o grande trunfo da humanidade para conseguir se manter de pé até o hoje, sendo que, as poucas vezes em que ela não atuou de forma hegemônica, algumas guerras aconteceram.

- veja bem. não quero dizer, com isso, que sou a favor de pequenas ou grandes mentiras. mas quero dizer, com isso, que eu não acredito nas pessoas boas de coração. lembro agora da frase ''o que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons''. por que será que os bons ficam quietos? seria porque eles não têm forças perante os maus, são egoistas e retêm suas elucubrações para, depois da merda feita, mostrarem suas percepções anteriores aos atos evidenciando que a merda aconteceria , são coniventes com os atos e pensamentos do maus, ou são mais que coniventes, são peças fundamentais dos sinistros? ou não há mau nem bom?

-preciso dizer também que, apesar de não acreditar na bondade, acredito na maldade, não que esta seja inata, mas também não que ela seja algo externo ao ser. ela está na relação.

tenho que dizer também que, o fato de eu acreditar na maldade não quer dizer que a bondade não exista e nem que ela seja a negação do mal (e do mau). uma coisa não inibe a outra ( na verdade eu acredito na bondade - não posso negar minha educação dentro da tradição cristã, que prega a bondade, que prega a solicitude e que prega também a subserviência - que, particularmente acho que isso tem mais a ver com catolicismo que com cristianismo, mas você entendeu o recado, né)

bom, vejamos como posso colocar as palavras: não sou a favor da hipocrisia, mas não a nego como instrumento de convívio social não apenas na atualidade, mas em todos os tempos da humanidade - na verdade acho que essa questão tem entrado em evidência de algumas dêcadas para cá porque as pessoas têm percebido mais esse teor hipócrata no outro (perceba bem, eu disse que as pessoas percebem mais ''no outro''. perceber no outro é muito diferente do que perceber em si próprio, primeiro porque as pessoas (a gente) não se identificam facilmente com o outro, mesmo o outro sendo tão parecido com ela (a gente) e segundo porque é dificílimo a gente se perceber como fazedor de mal a um alguém. nesse aspecto, a gente é meio psicótico, é cindido com a realidade desde o berço quando nos mostram a imagem que querem de nós e temos que aprender a berrar apenas quando sabemos que seremos ouvidos ou ficar quietos quando temos dor mas que, se não agirmos assim, as coisas não funcionarão ou outras coisas (poderia dar centenas de exemplos, mas não o farei por dois motivos: minha memória é pouca; o texto ficaria extenso demais - mas entendeu, né. relação é troca e o corpo (''mentecorpo'' é a moeda).

quero salientar bastante que não sou a favor da hipocrisia, mesmo sendo um hipócrita de marca maior, afinal, sem ela, ..., bem, deixa pra lá, melhor não me expôr.

(parágrafo barrado - a censura ainda existe, mas não vem tanto mais de fora, vem de dentro. sabe por que, né?)-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------. 

na verdade, é por ver no outro um igual, por ter essa empatia é que consigo pensar na hipocrisia como concernente ao ser-humano.

na verdade eu odeio pessoas hipócritas, elas sendo ou não hipócratas, mas as pessoas não hipócritas também têm seus momentos hipócritas, mas sem o saber, não porque elas não querem saber, mas porque elas não podem saber, porque as coisas são engendradas de tal forma que elas  (a gente), ativas e passivas nessa teia das relações, perdem o contato e o nexo do que é delas e do que é do outro, cindindo com seus pensamentos maquiavélicos e projetando, então, no outro.

No início disse uma coisa que vou re-falar: na verdade, o que falo, mesmo sem querer falar, é exatamente dessas farsas dialéticas que servem de controle social. Não que sejamos controlados por uma instituição ou várias (estamos percebendo que essa ideia já tem acído por terra, né). o que nos controla é o que compõe a instituição e dá forma a ela. é todo um sistema imperativo mas que, antes de o ser, é composto e construido por mãos, mesmo que estas não o arquitetam.

acho que o verbo arquitetar é bastante funcional nessa hora. esse ''mododeserhipócrata'' não é arquitetado. ele é construído sem que seja planejado e, quando a gente se dá conta, fugir já é inviavel enquanto a angústia, inevitavel.

* - texto motivado por relações no âmbito profissional, artístico ou não, mas que é pensado de forma a sair dessas fronteiras e entrar também nas outras relações mundanas.

ps - até ia falar algo, mas é melhor não

ps2 - meio pretencioso, mas até tem algumas coisas meio boas nele

terça-feira, 25 de outubro de 2011

terça-feira, 18 de outubro de 2011

processos humanos

 bom, ...eu até pensei em fazer um texto,mas no final das contas, é melhor só o vídeo















e quem quiser, aqui estão nossos contatos:



twitter: @nulliusavarus
facebook: nullius avarus
myspace: /nulliusavarus
toqueno brasil: nullius avarus
nulliusavarus@yahoo.com.br

beijos

terça-feira, 11 de outubro de 2011

os benefícios de uma viagem - o show e os encontros (no sentido deleuzeano,né)

igreja



nós andando de carro, está
no último final de semana viajamos até a matuta |Monte Azul Paulista (mais detalhes sobre a cidade no post anterior). fomos lá trocar um lero com o pessoal, passar um calorzinho, beber uma cerveja, uma água, tocar música, dormir em casa acolhedora, comer pastel e sentir.

resumidamente foi isso, mas esmiuçadamente, falarei agora:
o Guilherme é um morador de marília, né. sendo assim, ele foi de ônibus Fergo (quem conhece, sabe o que quero dizer com ''Fergo'') para ribeirão preto primeiro. demorou 6 horas e chegou de madrugada de sexta pra sábado

 o André é um morador de São Paulo (isso aconteceu recentemente. esses dois não param de se mudar). ele também pegou um ônibus e, depois de 4h e meia, estava em ribeirão. ambos se encontraram em ribeirão juntamente com uma terceira pessoa que não sei se posso dizer o nome pois não pedi autorização (esse negócio de ter que pedir autorização para citar os outros é fruto de um academicismo que tem ficado distante aos poucos). enfim,eles foram para casa dos pais do andré. dormiram, acordaram, comeram e foram ensaiar. o lugar de ensaio era bom, mas o ensaio foi horrivel, foi bem ruim mesmo. falo com conhecimento de causa porque estava lá. - mas o fato é que ensaiaram. depois disso, voltaram para a casa dos pais do cara supracitado - tava um calor pra porra lá. eita região quente aquela - tomaram banho, comeram e pegaram a estrada. andaram mais aprox 80km, conversando e com um vontade danada de tocar porque eles gostam muito de tocar, se voc|ê duvida, chama eles pra tocarem na tua festinha que vc vai ver como eles gostam.

 daí que chegamos em Monte Azul. cidade também bastante quente. fomos até o Bem Bolado (que aliás, quem quiser um móvel e estiver em monte azul ou próximo, deve ir lá. é um lugar bem bacana e com pessoas adoraveis como administradores (por essa propaganda voc|ês não esperavam, né?)

- fiz uma pausa de algumas horas - voltando ao post -

pois bem, chegamos e fomos bem recepcionados pelos Matutos (no sentido mais amistoso do termo). o pessoal do coletivo lá mostrou bem o que é pensar de forma séria é crítica sobre as coisas, sem perder o bom humor (pelo menos foi oq eu depreendi de uma conversa às 3:30 da manhã depois que o salão do evento foi limpo.
eles evidenciaram bem que a qualidade nada tem a ver com a quantidade de membros e tão movimentando bem mais e com cabeça muito mais aberta a cidade de 18mil habitantes do que muitas outras de 600mil,  mas não entrarei muito nesse assunto pois sou polido até então.


enquanto o evento acontecei, rolava o c


|O Show: tudo começou com o projeto da Casa da Cultura que se chama Arte na Rua. me lembrou um pouco quando eu fazia aula (a, aqueles tempos).

eram vários alunos dos cursos de música do projeto guri unido à casa da cultura (violão, flauta, teclado, percussão e voz) que cantaram várias músicas do cancioneiro popular. o pessoal gostou bastante, tinha pais, amigos e gente que não os conhecia. foi bem legal esse momento.
 
daí veio a gente. arrumamos as coisas, os pais e os amigos do pessoal de antes ainda estavam lá (aliás, ultimamente, até que temos tocado bastante para a família brasileira, o que tem sido bem interessante). começamos com alberto, depois história da puta e por ai foi.


terminamos um show com um público bom, diferente de nossa espectativa de público final. confesso que gostei bastante das duas improvisações que fizemos. o Danilo leu o dicionário (foi ele porque o cara que havia se proposto desistiu no último instante, nos deixando na mão).
disseram que nosso som lembrou skylab (confesso que ele até consta nas influências. rs). teve um comentário que eu achei fabuloso. foi assim, vindo de um até então desconhecido:

''eu entendi tudo''


acho que nunca tinham falado essa frase ou algo do tipo para a gente. isso nos deixou bem contente, apesar que, agora eu estava aqui pensando: eu não sei se entendo. As vezes acho que entendo o que a gente faz, mas muitas vezes, principalmente os improvisos, o entendimento parece estar apenas no somático, no sentir, no sentido do sentir e no sentir do sentido... é. talvez poderia ser um ''entendersentir''.
 eu não sei. ... . mas o sentido que isso traz é tão palpavel que é até um absurdo não entendermos por mais que sejamos nós quem pensa e executa muitas vezes de forma bastante teorizada e racionalizada.
filosofia à parte, o show foi muito bom. tocamos com muita vontade e o público, meio tímido as vezes, mostrava interesse em ouvir e ver.






 
depois rolou o que antes se chamava sindakata, ams agora se chama ''.40''. o pessoal é lá da cidade também. eles fazem um som cover de rocks dos anos 90 e 2000 e costumam tocar no pesqueiro. essa história do pesqueiro achei muito louca.  o dono tinha uma banda e tem os instrumentos no seu estabelecimento, daí os rapazes do .40 costumam tocar lá com os instrumentos do pesqueiro, enquanto o pessoal pesca, olha que louco.

 entre o término do show e todos irem dormir, rolou um tempo de conversa com o pessoal do coletivo. eles t|êm ideias bem interessantes - acho que além de tocar, o melhor de fazer essas viagens para shows é conhecer as pessoas que, se não fosse dessa maneira, nunca haveria esse encontro (isso vale não só pro pessoal do matuto, mas também falo de outros lugares por onde já passamos).

no dia seguinte, acordamos, nos despedimos sem comer o yakissoba (que ficará para a próxima ocasião em que houver esse encontro novamente) e fomos embora, porém, tiramos algumas fotos da cidade (como havia prometido no último post) e elas estão ai no meio desse escrito.

 chegamos em ribeirão, ficamos lá por um tempinho ainda e depois disso, cada um dos dois, ainda que cumplices do sentir integrado, unificado, fomos, cada um, para tua cidade, até que o próximo encontro aconteça

o saldo negativo da viagem (pelo menos para o andré, que é quem está escrevendo) foi o chinleo esquecido ... ele ficou no tapete da sala. tenho que ir atrás de comprar outro.

para finalizar, eu quero dizer tchau

confraternização de manhã

guilherme e andré fazendo pose no letreiro

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

sábado agora é dia de quê? Monte Azul Pauliiiisssta!!! Eeeeeba!!!

Olá,

é com imenso prazer e satisfação que coloco aqui a nota sobre Monte Azul Paulista (MAP), cidade do cerrado paulista (pegando também um pouco da mata atlântica) com 18.931 hab. e aonde tocaremos nesse sábado primaveril de 8 de outubro lá no Hogar (no Bem Bolado) às 21h.

confesso que nunca fui à MAP, o que é mais um fator para irmos: conhecer praças, conversar, tomar uma caninha feita na cidade,. todas essas coisas nós gostamos de fazer (tocar também, ia até já esquecendo).


como vocês podem constatar, é o panfleto do evento

lá tem cerca de 5 mil carros e 1400 motonetas. o pessoal casa bastante lá, bem mais do que se divorcia e, como em todo o Brasil, os homens adoecem mais (mas isso é cultural, a gente bem sabe, né. é fruto de uma má política de saúde pública voltada também para o homem. pouco se fala das doenças que acometem os homens e pouco é valorizado a ida desse sujeito à assistência. a gente não pode deixar de lado que isso é consequência do machismo que dita que home que é home não vai em médico e nem se cuida. dá nisso, morre mais mesmo - não que eu ache que os homens deveriam morrer menos que as mulheres. na verdade acho que os homens e as mulheres poderiam morrer menos... e também terem menos filhos, mas isso tamném é fruto de machisto e falta de política pública e excesso de religião e prazer também, por que as vezes o pessoal esquece na hora do prazer, né. mas não to aqui para falar disso. )



daí que foi o pessoal do Coletivo Matuto que trocou palavras conosco para irmos lá. Na verdade nós já tocamos no mesmo festival que a banda Que Miras Chicón, que é um duo participante e atuante desse coletivo (tocamos no mesmo festival, mas em dias e cidades diferentes, mas tocamos)

- estamos bem animados em conhecer o povo do coletivo, aliás, quem sabe até não rola uma banjadabaterística junto no show, heim...vamos vê



o chico bento tocando sanfona - Matuto ele, né

Além da gente vai rolar também Sindakata 3 - pra quem não conhece, acho que vale a pena ir até Monte Azul no sábado para conhecer - não falarei mais nada que é para deixar um mistério no ar

também vai ter o Projeto Arte na Rua, que eu não vou falar porque vocês verão com seus próprios olhos que um dia serão, muito provavelmente, cremados ou enterrados.


vista aérea de Monte Azul Paulista

tenho que dizer também que o Hogar é um local bem aconchegante, segundo nos contaram

a gente queria ter conseguido mais fotos, mas não encontramos. então a gente vai fazer o seguinte. tiraremos lá umas foto e daí a gente e bota aqui depois, morô?


ah, também levaremos os nossos postais - um dia falarei mais deles - descobri que não tme nenhuma foto dos postais na internet, então vamos trabalhar para que isso ocorra.


se alguém tiver alguma pergunta, pode perguntar porque, se depender da gente, a gente esquece e acaba falando de outro assunto


então beijos e tapinhas camaradas na cabeça

e o show vai ser de arromba, yeh