terça-feira, 11 de outubro de 2011

os benefícios de uma viagem - o show e os encontros (no sentido deleuzeano,né)

igreja



nós andando de carro, está
no último final de semana viajamos até a matuta |Monte Azul Paulista (mais detalhes sobre a cidade no post anterior). fomos lá trocar um lero com o pessoal, passar um calorzinho, beber uma cerveja, uma água, tocar música, dormir em casa acolhedora, comer pastel e sentir.

resumidamente foi isso, mas esmiuçadamente, falarei agora:
o Guilherme é um morador de marília, né. sendo assim, ele foi de ônibus Fergo (quem conhece, sabe o que quero dizer com ''Fergo'') para ribeirão preto primeiro. demorou 6 horas e chegou de madrugada de sexta pra sábado

 o André é um morador de São Paulo (isso aconteceu recentemente. esses dois não param de se mudar). ele também pegou um ônibus e, depois de 4h e meia, estava em ribeirão. ambos se encontraram em ribeirão juntamente com uma terceira pessoa que não sei se posso dizer o nome pois não pedi autorização (esse negócio de ter que pedir autorização para citar os outros é fruto de um academicismo que tem ficado distante aos poucos). enfim,eles foram para casa dos pais do andré. dormiram, acordaram, comeram e foram ensaiar. o lugar de ensaio era bom, mas o ensaio foi horrivel, foi bem ruim mesmo. falo com conhecimento de causa porque estava lá. - mas o fato é que ensaiaram. depois disso, voltaram para a casa dos pais do cara supracitado - tava um calor pra porra lá. eita região quente aquela - tomaram banho, comeram e pegaram a estrada. andaram mais aprox 80km, conversando e com um vontade danada de tocar porque eles gostam muito de tocar, se voc|ê duvida, chama eles pra tocarem na tua festinha que vc vai ver como eles gostam.

 daí que chegamos em Monte Azul. cidade também bastante quente. fomos até o Bem Bolado (que aliás, quem quiser um móvel e estiver em monte azul ou próximo, deve ir lá. é um lugar bem bacana e com pessoas adoraveis como administradores (por essa propaganda voc|ês não esperavam, né?)

- fiz uma pausa de algumas horas - voltando ao post -

pois bem, chegamos e fomos bem recepcionados pelos Matutos (no sentido mais amistoso do termo). o pessoal do coletivo lá mostrou bem o que é pensar de forma séria é crítica sobre as coisas, sem perder o bom humor (pelo menos foi oq eu depreendi de uma conversa às 3:30 da manhã depois que o salão do evento foi limpo.
eles evidenciaram bem que a qualidade nada tem a ver com a quantidade de membros e tão movimentando bem mais e com cabeça muito mais aberta a cidade de 18mil habitantes do que muitas outras de 600mil,  mas não entrarei muito nesse assunto pois sou polido até então.


enquanto o evento acontecei, rolava o c


|O Show: tudo começou com o projeto da Casa da Cultura que se chama Arte na Rua. me lembrou um pouco quando eu fazia aula (a, aqueles tempos).

eram vários alunos dos cursos de música do projeto guri unido à casa da cultura (violão, flauta, teclado, percussão e voz) que cantaram várias músicas do cancioneiro popular. o pessoal gostou bastante, tinha pais, amigos e gente que não os conhecia. foi bem legal esse momento.
 
daí veio a gente. arrumamos as coisas, os pais e os amigos do pessoal de antes ainda estavam lá (aliás, ultimamente, até que temos tocado bastante para a família brasileira, o que tem sido bem interessante). começamos com alberto, depois história da puta e por ai foi.


terminamos um show com um público bom, diferente de nossa espectativa de público final. confesso que gostei bastante das duas improvisações que fizemos. o Danilo leu o dicionário (foi ele porque o cara que havia se proposto desistiu no último instante, nos deixando na mão).
disseram que nosso som lembrou skylab (confesso que ele até consta nas influências. rs). teve um comentário que eu achei fabuloso. foi assim, vindo de um até então desconhecido:

''eu entendi tudo''


acho que nunca tinham falado essa frase ou algo do tipo para a gente. isso nos deixou bem contente, apesar que, agora eu estava aqui pensando: eu não sei se entendo. As vezes acho que entendo o que a gente faz, mas muitas vezes, principalmente os improvisos, o entendimento parece estar apenas no somático, no sentir, no sentido do sentir e no sentir do sentido... é. talvez poderia ser um ''entendersentir''.
 eu não sei. ... . mas o sentido que isso traz é tão palpavel que é até um absurdo não entendermos por mais que sejamos nós quem pensa e executa muitas vezes de forma bastante teorizada e racionalizada.
filosofia à parte, o show foi muito bom. tocamos com muita vontade e o público, meio tímido as vezes, mostrava interesse em ouvir e ver.






 
depois rolou o que antes se chamava sindakata, ams agora se chama ''.40''. o pessoal é lá da cidade também. eles fazem um som cover de rocks dos anos 90 e 2000 e costumam tocar no pesqueiro. essa história do pesqueiro achei muito louca.  o dono tinha uma banda e tem os instrumentos no seu estabelecimento, daí os rapazes do .40 costumam tocar lá com os instrumentos do pesqueiro, enquanto o pessoal pesca, olha que louco.

 entre o término do show e todos irem dormir, rolou um tempo de conversa com o pessoal do coletivo. eles t|êm ideias bem interessantes - acho que além de tocar, o melhor de fazer essas viagens para shows é conhecer as pessoas que, se não fosse dessa maneira, nunca haveria esse encontro (isso vale não só pro pessoal do matuto, mas também falo de outros lugares por onde já passamos).

no dia seguinte, acordamos, nos despedimos sem comer o yakissoba (que ficará para a próxima ocasião em que houver esse encontro novamente) e fomos embora, porém, tiramos algumas fotos da cidade (como havia prometido no último post) e elas estão ai no meio desse escrito.

 chegamos em ribeirão, ficamos lá por um tempinho ainda e depois disso, cada um dos dois, ainda que cumplices do sentir integrado, unificado, fomos, cada um, para tua cidade, até que o próximo encontro aconteça

o saldo negativo da viagem (pelo menos para o andré, que é quem está escrevendo) foi o chinleo esquecido ... ele ficou no tapete da sala. tenho que ir atrás de comprar outro.

para finalizar, eu quero dizer tchau

confraternização de manhã

guilherme e andré fazendo pose no letreiro

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